Caixa anuncia redução nos juros de financiamento imobiliário

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (5), em Brasília, a redução nos juros nos financiamentos imobiliários, com entrada em vigor a partir de segunda-feira (10) e afirmou, ainda, que os clientes com o financiamento atrasado poderão renegociar as dívidas. A maior taxa praticada pelo banco caiu de 11,00% + Taxa Referencial (TR, atualmente em zero) para 9,75% TR. Já a menor taxa - paga pelos clientes que já têm relacionamento com a instituição - foi reduzida de 8,75% TR para 8,5% TR.

O banco também unificou as taxas praticadas nos empréstimos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), voltado para imóveis com valor acima de R$ 1,5 milhão que não podem ser financiados com recursos do FGTS (o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), publica o Correio Braziliense.

As taxas anunciadas nesta quarta valem nas diversas modalidades de financiamento imobiliário: imóvel novo, imóvel usado, aquisição de terreno e construção, construção em terreno próprio, e reforma e ampliação.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou ainda que o banco fará um programa para renegociação de dívidas para clientes que estão com problemas no financiamento imobiliário. De acordo com a instituição, a medida deve atingir cerca de 600 mil famílias, beneficiando 2,3 milhões de pessoas. Esse atendimento já está valendo, e disponível nas agências e outros canais´de relacionamento com o banco.

As condições vão depender da situação do contrato, do valor, da cota de financiamento e da quantidade de prestações já pagas. A renegociação não tem período para acabar e envolve todos os contratos da Caixa, inclusive os do programa Minha Casa, Minha Vida. Ao todo, há R$ 10,1 bilhões que são devidos pelos clientes ao banco, diz a publicação.

A Caixa informou que há 5,2 milhões de contratos ativos de crédito imobiliário, ou seja, 11% da carteira têm algum tipo de problema de atraso. Guimarães estima que entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão devem ser devolvidos em 2019, informando das iniciativas adotadas para facilitar a quitação do bem. Por exemplo, famílias que tiverem atrasos recorrentes poderão ter a condição de pagar uma prestação e incorporar o restante da dívida nas mensalidades que faltam.

"Basicamente, o coração da proposta é: se estiver atrasado três, quatro, seis, 10, 15 meses, a pessoa paga uma prestação e o saldo é incorporado no resto da sua dívida", disse. "Isso ajuda muito porque aumenta pouquíssimo a prestação nas nossas simulações, entre R$ 20, R$ 40, R$ 50, e evita que a pessoa tenha que pegar empréstimo de 20% ao mês para se normalizar", completou o presidente.