Policiais Civis planejam primeiro ato de protesto e não descartam greve geral

Os agentes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul irão realizar paralisação, na próxima sexta-feira (31), em reivindicação ao reajuste salarial e promessas feitas pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Em movimentos assim, apenas casos de extrema urgência são atendidos nas delegacias.

Segundo informou o vice-presidente do Sinpol-MS (Sindicado dos Policiais Civis), Pablo Rodrigo, o movimento não é sindicalista, são os policiais civis, quase que de forma independente, que não aguentam mais as condições de trabalho e irão realizar o primeiro ato de protesto. Não é descartada uma greve geral.

"A ideia não é lesar a sociedade, mas fazer com que o Governo cumpra suas promessas. Queremos a reposição do salário em cima da inflação de 4%, reposição do abono e a promoção de policiais, que está atraso em um ano mesmo tendo vagas", relatou Pablo.

De acordo com a categoria, a Polícia Civil do Estado é a primeira no país em solução de casos, mas está na 20ª colocação em condições salariais. "Quando o Reinaldo Azambuja fez a primeira campanha, nós eram o 11º no país de melhor salário e ele prometeu nos colocar em 6º. De lá para cá só piorou! Queremos que ele cumpra a carta compromisso que assinou", lembra o policial.

Prevista para acontecer em todo Estado, a paralisação irá atender, basicamente, casos que envolvam homicídio ou sequestros, não são realizados boletins de ocorrência ou investigações. Esse será o primeiro ato, ainda serão decididas as próximas ações.

PM também irá paralisar

Em nota, a União dos Militares Estaduais do MS informou, no último sábado (25), que também irá operar em regime Padrão por 24h na próxima sexta-feira (31) em todo Estado. A luta é pela incorporação do abono de R$ 200, pela imediata reposição inflacionária constitucional dos últimos meses, além da discussão das perdas acumuladas desde que a atual gestão assumiu o Executivo.