Casa onde foi encontrado arsenal pertencia à família Name

A casa no bairro Monte Líbano, região central de Campo Grande, onde a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul encontrou um arsenal em 19 de maio pertencia à família Name.

A informação foi trazida à tona no processo da Operação Ometá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), desencandeada na última sexta-feira (27) e que prendeu o empresário Jamil Name, seu filho e ainda outras 17 pessoas, entre funcionários da família, policiais civis e guardas municipais, acusados de formarem uma milícia suspeita de cometr ao menos cinco assasinatos desde o ano passado.

Está anexada nos autos documento que comprova a propriedade do imóvel de luxo onde foi detido o guarda civil Marcelo Rios, hoje detido no Presídio Fedral de Mossoró (RN), fato que trouxe à tona a milícia.

De acordo com o documento, obtido pelo Correio do Estado, a casa pertencia inicialmente a um casal, que repassou a Jamil Name como forma de ressarci-lo pela desistência da compra de um terreno na Vila Santo André, região norte da Capital. O fato aconteceu em 10 de fevereiro de 2015.

Ainda segundo o documento, o desfecho só veio dois anos depois, em 16 de maio de 2017, quando Jamil e seu filho assumiram a posse da casa, em negociação total de R$ 850 mil, valor pago pelo terreno pelos acusados e que o casal não teria como devolver após a desistência do negócio inicial.

À reportagem, Renê Siufi, advogado que representa Jamil pai, disse que o imóvel na verdade pertence ao filho, que foi quem teria colocado Rios no local, para tomar conta, negando novamente ligação do empresário com a milícia.